quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Amigo Vento




Lá vem vindo o vento
Forjando destinos
Amigo dos meninos
Eriçando pipas pelo ar


         Lá vem vindo o vento
        Soprando presságios
        Dos pescadores amigo
        Levando seus barcos
        Prá's águas do mar


Lá vem vindo o vento
Mudando o tempo
Lançando sementes
Pra terra germinar

Lá vem vindo o vento
Trazendo lembranças
Devastando o passado
Abrindo caminho pro novo chegar  

Amigo do sul trazendo saudade
Amigo do norte me faz tempestade
Amigo do oeste rei da liberdade
Amigo do leste um canto nos traz

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Eternidade...

Quero cantar-te meu amor por toda vida
Em cada acorde quero te sentir
Em cada rima de seu poema chamado vida
Estarei contigo em perfeita sintonia
Quero cantar-te meu amor ao sabor do vento
Onde quer que vá estarei contigo
E se o destino não cruzar nossas paralelas
Se nos deixar o desencontro nesta terra...
Jamais velarei esse amor que não se concretizou
Quero eterniza-lo no brilho de todas as estrelas...



terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2010 Ano do Centenário dos sambistas: Adoniran Barbosa e Noel Rosa

Comemoramos o centenário de Adoniran Barbosa e Noel Rosa, grandes mestres do samba Paulistano e Carioca, que viveram sua vida para enrriquecer nossa cultura e história.
Adoniran  nasceu e morreu pobre mas, que levou consigo o melhor da vida, as amizades sinceras e a certeza de que suas músicas seriam para sempre recordadas.
Tanto por sua graça e estilo, quanto pela originalidade de cantar as verdades da vida do povo. Bohemio, passava a maior parte do dia andando pelas ruas da cidade em cantinas, bebericando e fumando, nessas ocasiões, presenciava as situações que mais tarde se tornariam os sambas eternizados como: Saudosa Maloca, Iracema, Samba do Arnesto, Trem das Onze, entre muitos outros que aprendemos de geração em geração.




Noel Rosa, digamos foi o menino do samba, romântico, viveu um drama amoroso que durou até o fim de sua vida, faleceu aos 26 anos de idade, também bohemio, foi o escritor de letras e poesias maravilhosas, como o samba ''Com que roupa que eu vou'', que escreveu depois de sua mãe te-lô proibido de sair com os amigos e escondeu suas roupas, ele então, sai na janela do quarto e grita aos amigos que o apressavam: ''Com que roupa que eu vou''? Palpite Infeliz,  Não tem Tradução, entre outros,
Largou os estudos para se dedicar a música e a poesia,  viveu sua tão curta vida com intensidade
casou-se, mas amou perdidamente uma prostituta. da qual se despede  com esse poema:

Nosso amor que eu não esqueço
E que teve o seu começo
Numa festa de são joão

Morre hoje sem foguete
Sem retrato, sem bilhete
Sem luar e sem violão

Perto de você me calo
Tudo penso e nada falo
Tenho medo de chorar

Nunca mais quero seu beijo
Mas meu último desejo
Você não pode negar

Se alguma pessoa amiga
Pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não

Diga que você me adora
Que você lamenta e chora
A nossa separação

E às pessoas que eu detesto
Diga sempre que eu não presto
Que meu lar é um botequim

Que eu arruinei sua vida
E eu não mereço a comida
Que você pagou pra mim


O que há em comum entre esse Paulista e esse Carioca?
Almas do samba , da poesia, da noite Carioca e da noite Paulistana, cantando a vida do povo, colocando em seus versos o retrato dessas cidades.
Podemos dizer que construiram grande parte de nossa música, de nossa tradição dando ao Brasil o título de país do samba, da alegria.
Noel Rosa foi homenageado pela escola de samba Unidos da Vila Isabel com um enrredo criado por Martinho da Vila.
Infelizmente as tradicionais escolas de samba, de São Paulo perderam o mérito de sua própria história quando no ano em que se comemora o centenário do grande sambista, Adoniran Barbosa não tiveram a inteligência de lembrá-lo em seus enrredos.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Verso meu...

E o verso veio da alma
Pulsando saiu nas veias
E com calma veio a palma
Na folha branca como a paz
Percorreu as linhas a ele predestinadas
E veio com calma pela palma
Este verso saído da alma...